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História do Desenvolvimento Canino

 O mais velho ancestral do cão doméstico é o Miacis, um mamífero do tamanho de uma doninha que viveu há aproximadamente milhões de anos e  foi o responsável por dar origem aos dentes carniceiros. Um fator importante da evolução canina que nos levaria aos canídeos.    Embora a linha exata de sucessão seja incerta, todos os predadores modernos ( fissípedes) pertencem a uma das três superfamílias: Miacoidea, Feloidea ou Canoidea. Os gatos, as hienas e as civetas do Velho Mundo pertencem à Feloidea. Os cães, os lobos, as raposas e os chacais pertencem a subfamília dos Caninae, dos Canoidea.     
Mas qual animal ancestral imediato do cão domesticado? 
A maioria dos especialistas concorda que o lobo teve grande influência genética nos cães, porém existem 32 espécies de Canis Lupus. Dentre essas, somente o lobo, o coiote e o chacal possuem o mesmo número de cromossomos ( 78) que os cães. Sendo que os lobos e os cães compartilham 71 dos 90 padrões comportamentais, mais do que outros pares de espécie compartilham.  A distância genética isoenzimática indica que o cão é mais aparentado com o lobo do que com outros canídeos.     
Ainda que não se sabia exatamente qual subespécie de lobo gerou o Canis Lupus Familiaris, que futuramente se tornaria o Canis familiaris , algumas autoridades defendem uma origem única no norte da Eurásia, Oriente Próximo, ou América do Norte. Outros argumentam a favor da possibilidade de domesticação em diferentes espécies em localizações diversas. 
Exatamente quando os seres humanos começaram a interagir com os lobos é difícil de determinar. Mas com evidências de domesticação retiradas da comparação ósseas com lobos indígenas e nas diferenças anatômicas no crânio, mandíbulas e dentes foi possível observar que os cães foram domesticados há 8.000 e 20.000 anos. Esses dados sugerem que os cães se originaram há aproximadamente 135.000 anos.     
Como e porquê a domesticação dos lobos ocorreu provavelmente será sempre especulativo. Algumas teorias sobre a domesticação em geral que uma relação mutuamente vantajosa  entre lobos e seres humanos permitiria a perda de comportamentos lupinos tais como autodefesa e autoproteção e o ganho de outros comportamentos como acesso a alimentos ou abrigo. 
Talvez, os homens e lobos tenham compartilhado a caça com sucesso. Poderiam ter acompanhado os humanos inicialmente por diversão. E existem hipóteses que um homem que teria dividido seu alimento com o lobo o tornaria um pouco mais manso.    
As habilidades de caça tal como a facilidade de ser domesticado teria criado uma seletiva, onde aqueles com melhor comportamento e desempenho dariam origem a outros, que cada vez mais, conquistariam seu lugar ao lado do homem. A criação lupina no meio dos humanos teria criado uma relação de dependência, uma vez que, os filhotes não seriam ensinados a caçar por seus pais e cada vez mais se tornavam cães de companhia.     
 A procriação seletiva gerou espécies novas, biologicamente modificadas, muito parecidas com as espécies que conhecemos hoje. 

Fonte: Livro: Comportamento Canino: Um guia para Veterinários           
Autor: Bonnie V. Beaver